Tuesday 31 December 2013

ZULEIDE DUTRA, cousin

Dentre minhas três primas Dutra, Gecely, Zuleide e Zenaide, filhas de minha tia Maria Darin Dutra, Zuleide Dutra foi, talvez, a mais integrada na sociedade mariliense, tendo sido professora do 2o. Grupo Escolar de Marília, o Gabriel Monteiro da Silva. Depois de aposentada, nos anos 1990s e 2000s, foi professora do alfabeto Braille para cegos no Centro Cultural de Marília, localizado no antigo Gymnasium.
Zuleide Dutra in 1945.
Zuleide oferece foto de sua formatura ginasial em 8 Dezembro 1945, à sua tia Yolanda Darin que casara com João Amorim em 18 de Maio de 1945.
Zuleide Dutra em 1948.
Zuleide Dutra é a 2a. menina (da esq a direita) na 1a. fileira (usando óculos), no 3o. ano do Grupo Escolar Thomaz Antonio Gonzaga em 1940. Foto postada em 'Memórias de Marília' do FB por Eduardo Ferreira da Graça, cuja mãe, Esperança Fernandes (da Graça) é a 2a. menina (da esq. a direita) na 3a. fileira.

Zuleide Dutra nasceu em Marilia-SP em 13 Novembro 1928. Marilia ainda não era comarca, e para registrar a criança, teria que se ir à Assis; Gumercindo Dutra, seu pai, resolveu registrar a menina em São José do Rio Pardo-SP, já que ele teria que ir até a região da Mogiana (Companhia Mogyana de Estrada de Ferro e Navegação) para tratar de negócios pendentes da venda da fazenda de seu sogro João Baptista Darin, sita naquele município. Essa era a 1a. vez que Gumercindo voltava à sua terra natal desde a retirada de lá em 15 Novembro 1927, um ano antes.
Companhia Mogiana de Estrada de Ferro circa 1970. 
Em Marília, Gumercindo trabalhou no comércio de couro, fazendo sapatões (?).  Desmatou (na foice) uma data num mato e construiu uma casa de pau-a-pique.  Depois construiu outra casa no mesmo local.  Quando a prefeitura delineou a rua São Luiz para aquele local, a casa ficou ‘fora-de-esquadro’,  lá em cima, no morro, desnivelada com a rua, e o povo achava graça, dizendo que parecia uma ‘casa de pombos’.  Só mais tarde é que Gumercindo construiu aquele sobradinho na linha certa da rua São Luiz, 1240, onde morou até o final de sua vida.

Mais tarde, quando Gumercindo tinha se aposentado (‘nós aposentamos o pai muito cêdo’ – Zuleide), ele ficou muito descontente e dizia que queria morrer, pois não tinha o que fazer. Moacyr, o primogênito, comprou aquela lenhadora (e carvoaria) na Avenida Sampaio Vidal perto da rua Paraná, que o velho tomava conta. Alguns anos depois, a prefeitura decretou que não se poderia ter lenhadora na rua principal,e eles tiveram que vender o negócio. O terreno está vazio desde então (2007).

Gecely, Zuleide e Zenaide estudaram no Colegio Sagrado Coração de Jesus.  Gecely, a mais velha, terminou a 5ª série, e matriculou-se no Curso Normal do Coração de Jesus, em Agudos-SP, já que Marilia não tinha esse grau de educação. Justo quando Zuleide terminou a 4ª série, e iria entrar para a 5ª - a Quinta série foi abolida, o que a fez ganhar um ano.  E justamente naquele ano, o Sagrado Coração começou a ter Curso Nornal em Marilia, tendo ela sido duplamente agraciada.

Recém-formada, Zuleide lecionou em Padre Nóbrega, na Fazenda Tiverôn e em Rosália.

da esq.à-direita: N.I, Beatriz Scarpetti, N.I., N.I., Zuleide Dutra, Betty Scarpetti e N.I. posam na frente do lago do chafariz da Pça. Maria Isabel.
O mesmo grupo de lindas moçoilas marilienses tendo Beatriz Scarpetti à esquerda (atrás), Betty Scarpetti com um sorriso hollywoodiano e Zuleide Dutra apoiando o ombro na grama. 

Zuleide casou-se com Helio Mendes da Costa e teve um casal de filhos: Helinho (1954) e Silvia Regina (1956).

Depois de aposentada e já estar lecionando o curso Braille, Zuleide resolveu mudar-se para Campinas-SP e morar perto de Silvinha, sua filha, que casada, morava naquela cidade. Zuleide Dutra veio a falecer em 13 de Agosto de 2010, de problemas gástricos, após uma pequena internação hospitalar. O corpo de Zuleide foi enterrado em Marília no dia seguinte, 14 de Agosto de 2010. 

No comments:

Post a Comment